PERDER A DIGNIDADE ou FAZER AS MALAS

12-12-2011 19:45
Até os mais nobres corações têm um limite de compreensão e de "amor" para dar ao seu semelhante.
 
A minha vida é feita de encontros e desencontros e em todas as relações, sejam de amor ou de amizade, me entreguei de corpo e alma. Sei bem que é um erro pois quanto mais nos damos maiores são as possibilidades de nos magoarem e de nos desiludirmos.
 
Talvez as pessoas na realidade não me decepcionem, talvez seja eu que espero demasiado delas.
 
Mesmo assim se acho que vale a pena apostar nessa amizade ou relação sentimental sou até capaz de relegar coisas que muitas outras pessoas não tolerariam - não é espírito de masoquismo. Acredito plenamente que a partir do momento que haja a coragem de assumir actos ou atitudes pouco dignas se consegue ultrapassar a barreira mais difícil de qualquer relacionamento e assim se tornar mais forte.
 
Nunca julguei ninguém pelos seus actos e muito menos pelo que são, acima de tudo tento compreender. Posso aceitar ou não, posso aconselhar ou criticar, mas nunca julgar.
 
No entanto há coisas que nunca chegarei  a compreender, talvez porque não conheça todos os factos ou razões. Infelizmente nem sempre temos coragem para "abrir o jogo" e revelar, sem medos ou receios, o que nos motiva, o que realmente queremos ou pensamos. Em regra reservamos para nós detalhes e ou pormenores que fariam com que tudo fizesse sentido.
 
Será excesso de "romantismo" ou simplesmente falta de auto-estima mas, feito D. Quixote, teimo em lutar contra moinhos de vento, acabando por vezes por perder a minha própria dignidade e o amor-próprio. Faz parte do meu Eu, que aos olhos dos outros pode parecer parvoíce ou simplesmente falta da noção da realidade.Vou aprendendo aos poucos que acabo por tomar atitudes pouco dignas de alguém que se preza a si mesmo e penso que é chegada a altura de mudar, de ser mais EU, com orgulho de mim mesmo.
 
Não vou mais perder a minha Dignidade lutando por meras ilusões, não da forma como sempre fiz... Encaremos a realidade, e saber quando é realmente vale a pena sacrificar-mo-nos ou simplesmente "fazer as malas" e deixar o passado para trás.
 
A vida está à minha frente... E a vida só pode ser compreendida, olhando-se para trás; mas só pode ser vivida, olhando-se para frente.
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